Fundadora do canal EntendendoiPhone e uma das embaixadoras da iPlace, Marília Guimarães conquistou seu espaço num ambiente predominantemente masculino. Natural de Aracaju, aos 32 anos soma quatro certificações Apple e tornou-se expert em dispositivos iOS. Especialmente a partir do uso do iPhone, desenvolveu uma maneira simples de explicar conceitos mais técnicos ao usuário comum. Sucesso em plataformas digitais, possui mais de 480 mil seguidores no Facebook e 140 mil no Instagram. Já no canal do Youtube são mais de 180 mil inscritos. A seguir, confira o bate-papo exclusivo da youtuber com o blog iPlace!

Como nasceu sua paixão pelos produtos da Apple?

Tudo começou aos meus 15 anos. Eu já achava os produtos da Apple muito bonitos e, quando comecei a utilizá-los, me apaixonei pela marca. Primeiramente pela qualidade e, ainda, por causa de Steve Jobs. Sou fã do jeito dele e de várias histórias que escutava sobre ele, como pessoa e como empreendedor. Também pela imagem que a Apple sempre procurou passar. Com seus produtos bonitos, com sua usabilidade, com o carinho no atendimento e suas lojas fenomenais… Por tudo isso é muito difícil não ser uma superfã da Apple!

Ainda hoje, há certa predominância masculina no setor de tecnologia. De onde surgiu seu interesse pela área?

Esta é uma boa pergunta. Em casa e ao meu redor, isso não era muito bem visto, não. Como moro em Aracaju (e aqui no Nordeste, de modo geral), é ainda mais complicado ver mulheres atuando nesta área. Quem me inspirou a dar um grande passo e começar a gostar de tecnologia foi o Eduardo, que hoje é meu marido. Desde os 12, 13 anos, eu queria chamar a atenção dele de alguma forma. Então começamos a jogar juntos e, por causa disso, eu queria jogar bem, saber todos os atalhos… Assim, passei a me interessar muito por tecnologia e hoje quem ensina ele sou eu (risos). Porém, no momento de fazer faculdade, comecei com o curso de Direito. Ao mesmo tempo, sempre fazia vários cursos relacionados a TI oferecidos pelo Senac e por outras empresas.

Quando estava no sétimo período do Direito, resolvi falar com o meu pai. Percebi que iria me formar e não exerceria a profissão. Afinal, eu gostava mesmo era de tecnologia. Primeiro meu pai me disse “não vai largar Direito para ficar consertando computador”. Mas depois conversamos e ele entendeu. Mudei o curso para Sistemas de Informação (tinha apenas duas meninas na minha sala) e fundei uma empresa de desenvolvimento de aplicativos, a Popcode Mobile Solutions. No início, quando ia apresentar uma proposta, os clientes me olhavam meio assim: “uma menina me atendendo, como vai ser?”. Mas desde o colégio sempre me dei muito bem com os meninos e isso nunca me afetou. Depois, com as certificações da Apple e me mantendo humilde, fui ganhando espaço, de pouquinho em pouquinho.

Já em 2014, durante o processo de criação do EntendendoiPhone, novamente me falaram: “Marília, não vai dar certo!”. “Não faz sentido dar curso pela internet, não vai pegar…”. Sim, isso existe, mas o que penso é: os ouvidos são seus e é você quem escolhe o que vai escutar.

Muitas pessoas têm este medo de lidar com o novo e certo receio do que lhes parece diferente. Em sua trajetória, você provou que ter coragem e iniciativa é tudo. Comente sobre a didática que utiliza para aproximar as pessoas da tecnologia. Em especial, sobre a forma de iniciar os usuários no mundo Apple de maneira tão simples.

Como sempre gostei muito de tecnologia, também sempre acompanhei muito a parte técnica. Estudava ferramentas, conceitos e tudo o que tem por aí para a gente estudar. O fato de ensinar começou com a Popcode, que desenvolvia aplicativos para sistemas iOS. Depois que entregávamos a aplicação, algumas empresas solicitavam um apoio para aprender in loco. Depois as demandas começaram a surgir dos amigos dos meus pais e do meu círculo de amizades. As pessoas viam como eu usava o iPhone e comentavam: “nunca ouvi falar que podia fazer isso”. Assim, dei algumas aulas particulares e percebi outras dificuldades do pessoal.

Hoje existem muitas pessoas que falam muito bem tecnicamente. Mas eu queria conversar de uma forma diferente, não queria ser mais uma fazendo a mesma coisa. Mesmo porque as pessoas a quem eu ensinava não eram ligadas em tecnologia. Por isso, sempre procurava desconstruir; falar de uma forma que elas entendessem. Assim, há sete anos venho trabalhando esta habilidade e me sinto muito bem quando ensino algo para alguém. É muito massa quando se consegue ver que uma pequena funcionalidade pode fazer uma grande mudança na vida de alguém. Isso me deixa muito alegre e, por isso, tenho paixão pelo que faço, por conseguir ser útil para outra pessoa.

De ondem vem a inspiração para manter o EntendendoiPhone sempre atualizado e o que mais lhe encanta em sua carreira profissional?

É realmente a paixão e o bem-estar de saber que estou sendo muito útil para os outros. Que estou levando uma alegria enorme para as pessoas. É fantástico você ser o caminho, servir de ponte para apresentar algo bonito. É uma grande inspiração, por isso gosto muito da Apple, das funcionalidades, pois a tecnologia é algo que transforma o mundo. Claro, a tecnologia pode transformar pelo lado bom e pelo ruim. Por isso há muitas pessoas que não sabem, não utilizam, pois têm medo. Mas é importante saber que você é capaz, que também pode usar e que o iPhone foi feito para você. Existem nele muitas coisas que vão lhe ajudar no dia a dia. Essa é minha maior fonte de inspiração, pois acredito muito nisso.

Como eu uso os produtos, existem muitas demandas do meu dia a dia que podem facilmente ser as de outras pessoas também. Além disso, chegam muitas dúvidas pelas redes sociais e pelos cursos. Alguém quer usar o iPhone para fazer uma viagem, para resolver uma dificuldade com a língua estrangeira, com o deslocamento… Então faço algumas perguntas e falo como o iPhone pode ajudar para cada uma de suas situações, a partir de determinados aplicativos. Afinal, hoje existem milhões deles, e o que cabe são as interpretações de cada situação. Vamos ensinando, do mais simples até algo mais avançado. Para isso, além das dicas no canal e nas redes sociais, temos um portal exclusivo para alunos.

Na sua opinião, qual é o recurso mais incrível do iPhone? Por quê?

Difícil essa! Mas posso dizer que é o iCloud, pois ele faz a mágica acontecer. Ele guarda tudo o que você tem no seu iPhone – fotos, vídeos, contatos. E se você tem um iPad, por exemplo, faz tudo funcionar lindamente em um e em outro dispositivo e vice-versa. Porque sincroniza e guarda tudo sem que o usuário precise pensar. É fantástico! O recurso em si chama a atenção, tanto que outras marcas tentam e não conseguem fazer parecido. Pelo menos não tão fácil e usável quanto o iCloud, que guarda e sincroniza tudo perfeitamente.

Para você, o que a iPlace e o EntendendoiPhone têm em comum?

Eu acho que o cuidado e a experiência para o usuário ter a melhor relação com os produtos, o melhor atendimento e a melhor experiência Apple. Acho que se assemelham muito nisso. Pois sempre procuramos passar as melhores oportunidades e diferenciar o atendimento de alguma forma. É o “inspire-se!”

O que representa para você ser uma embaixadora da iPlace?

É uma grande responsabilidade, pois quando você é embaixadora de uma marca, primeiro você tem que acreditar nela. De outro lado, tem a marca que também confia em você, pois vocês se conectam. Então, é uma responsabilidade muito grande com todas as pessoas. Hoje o EntendendoiPhone tem muitos alunos, seguidores e todos confiam muito no que eu falo. Por isso, para mim, é um título muito grande.

Quando anunciei nas redes sociais que havia me tornado embaixadora da iPlace aconteceu algo que eu não esperava. O time da iPlace me mandou direct e vi que não eram pessoas normais, simplesmente vendendo um produto. Eles se importam com as pessoas. Me escreveram: “Que bom ter você nesta família” e pensei: “Como assim, família?”. Então percebi que existe uma reciprocidade, um carinho com quem também representa a marca. E não se ama uma pessoa em cuja essência você não acredita, né?

Depois, quando viajei a Brasília, para a inauguração da iPlace, foi outro momento especial, pois tive contato pessoal com eles. Foi o segundo ponto: ver a forma de trabalho, como é feita uma inauguração… Já fui para inaugurações de várias lojas ao redor do mundo e aqui é muito louco, eles são loucos pelo que fazem! Ninguém faz uma festa, se dedica para receber as pessoas numa nova loja como a iPlace. Online e pessoalmente, vemos os cuidados, os valores das pessoas que trabalham. Em janeiro fui conhecer a sede, em Dois Irmãos/RS, e foi algo fantástico, mesmo. É diferente e eu sinto isso, sim!

Fotos: Marília Guimarães/Arquivo pessoal